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Tomate: como deve ser o manejo fitossanitário para combater as principais pragas e doenças da cultura

O tomate é a hortaliça mais consumida no Brasil, trazendo renda para o produtor, já que nós somos também a quarta nação no mundo que mais comercializa este produto. E para evitar perdas na produção com o ataque de pragas e ocorrência de doenças, este post traz dicas de especialistas para o manejo fitossanitário adequado para o tomateiro, principalmente para combater um dos maiores inimigos da cultura, as lagartas e doenças.

Existem diversos tipos de lagartas, também conhecidas como traças, que atacam o tomateiro em todo o país, como a Traça-do-tomateiro (Tuta absoluta), larvas-minadoras (Liriomyzas spp), broca pequena do fruto (Neoleucinodes elegantalis) e helicoverpa (Helicoverpa armigera). O ataque tornou-se significativo principalmente em áreas de plantio em campo aberto. As lagartas comem as folhas do tomateiro, entram no fruto e depreciam o produto, explica o engenheiro agrônomo Décio Shigihara, suporte técnico para frutas e hortaliças da Satis.
O problema é que os tradicionais inseticidas usados para combater a lagarta nos tomateiros estão com eficiência muito baixa e não conseguem mais controlar as lagartas diante da grande infestação nas lavouras. Além da influência do clima, há também o uso exagerado dos inseticidas, com aplicações diárias em algumas lavouras, o que contribui para selecionar mais insetos resistentes aos defensivos químicos, acrescenta o agrônomo.
Por isso, os especialistas recomendam o manejo biológico juntamente com a aplicação de inseticidas químicos, proporcionando assim um controle mais eficiente da praga. Neste caso, os produtos biológicos aliados aos inseticidas acabam apresentando um melhor controle dos insetos do que o manejo químico isolado.
O manejo biológico é feito por meio de diversos fungos e microrganismos como o Metarhizium anisopliae, Beauveria bassiana, e Isaria fumorosea, presentes no Duofunghi Plus, produto da Satis que é uma inovação para o setor, tão carente neste tipo de produto. A vantagem do manejo biológico é que ele pode combater diversas fases dos insetos, desde larvas, ninfas (que ficam no solo) e até os indivíduos adultos, o que implica uma gama maior de atuação, ao passo que alguns inseticidas só controlam determinadas fases do inseto, por exemplo, atuando contra somente a lagarta, outros somente contra borboletas/mariposas ou contra a ninfa.

Manejo preventivo
O ideal é que o produtor de tomate faça o manejo biológico rotacionado com os produtos químicos preventivamente, ou seja, desde que as mudas são trazidas para o solo, porque o ataque das lagartas está bem agressivo atualmente, alerta Shigihara.
A recomendação é aplicar produtos biológicos a cada 12 a 15 dias e, assim, poderá utilizar os inseticidas com maior intervalo de aplicação no manejo preventivo.

Manejo quando a praga já atacou as plantações
Se as lagartas já atacaram as plantações de tomate, dependendo do nível do ataque, o produtor deve aumentar a frequência de aplicação de produtos biológicos e químicos. A frequência varia muito, mas pelo menos uma vez por semana, de acordo com o agrônomo Shigihara. As doses por hectare também podem variar, via solo ou foliar.

Doenças de solo
Com a grande incidência de lagartas nos cultivos de tomate em campo aberto, muitos agricultores passaram a plantar o produto em estufas ou telados. Entretanto, com o uso do solo diversas vezes (plantios sucessivos) nas estufas ou telados, constatou-se um aumento da presença de doenças de solo, como a fusariose, os ataques de nematoides e da Ralstonia (bactérias). Assim, um bom manejo biológico do solo torna-se fundamental para reduzir a incidência e a severidade destas doenças no tomateiro.
Melhorar a microbiota do solo e promover o equilíbrio fisiológico das plantas as ajudam a superar adversidades e ficar mais resistentes a pragas e doenças. A Satis também apresenta soluções com este objetivo, como o Fulland, que ajuda a ativar os mecanismos de autodefesa das plantas, além de melhorar o aproveitamento de nutrientes. A Satis também possui uma linha de biológicos, como os produtos Fungardil, Baccure e Tribalance, que ajudam no equilíbrio da microbiota, exclusão de microrganismos indesejáveis do solo e aumento do vigor e proteção das plantas, entre outros benefícios.

Importância do equilíbrio nutricional
Uma planta bem nutrida também é sinônimo de mais resistência a pragas e doenças. Dicas sobre manejo nutricional do influencer Marcos Sá vêm chamando a atenção de muitos produtores. Ele acompanha o trabalho de produtores de tomate na região do Cariri, no sul do Ceará, e faz sucesso com vídeos mostrando tomateiros bonitos e bem cuidados, com recomendações para conduzir a cultura do tomate, desde o preparo do solo até a importância da nutrição e análise do solo para indicar a real necessidade de nutrientes de cada plantação. Ele afirma que os produtores que investem em manejo nutricional, seguindo as demandas de acordo com a idade da cultura e determinados períodos da safra, são os que conseguem obter maior produção. Os agricultores que querem economizar acabam não tendo bons resultados, diz.
E não é apenas a falta, mas o excesso de alguns nutrientes, como o observado em algumas áreas da região do Cariri, resultou em um controle mais difícil de pragas e doenças, como a pinta preta, de acordo com Sá. Além disso, a dificuldade de inserir o manejo biológico juntamente com o químico na região também tem prejudicado o manejo de pragas e doenças.