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Safra "solar” e foco em nutrição garantem futuro de produtor em MG

Um futuro garantido para os filhos, com mais produtividade, recursos naturais preservados, renda e qualidade de vida. Qual produtor rural não sonharia com isso? É o que se chama de sustentabilidade, não apenas econômica, mas também social e ambiental, que poucos países do mundo, como o Brasil, têm condições de alcançar. E acredite: o caminho para garantir este objetivo é mais fácil do que se imagina. Os cuidados com a saúde do solo, nutrição de plantas e até os investimentos em energia solar são algumas das alternativas para garantir este futuro.

Neste post você vai conhecer a história do produtor rural João Luiz Pinton, de 45 anos, que planta soja, cria gado e produz energia, em Paracatu-MG. Ele é filho e neto de ex-empregados de usinas canavieiras da região de Ribeirão Preto-SP. Começou a trabalhar muito cedo e passou a ajudar nas primeiras lavouras plantadas pelo pai em um pequeno sítio de 20 hectares, no interior paulista. Depois disso foram para Sacramento, em Minas Gerais, e compraram 60 hectares de um agricultor que havia perdido tudo com uma geada severa na época. Na década de 80 começaram a plantar soja, no começo praticamente sem tecnologia, pouco conhecimento, mas não desistiram e foram descobrindo aos poucos como ganhar mais produtividade.

"Naquela época ainda se arava o solo, muitas vezes se queimava a palhada, e comecei a me perguntar: como pode? Tem adubo aí, precisamos preservar”, conta o produtor.
João Pinton foi um dos pioneiros na região em adotar o plantio direto, fez experimentos em pequenas áreas e viu que a produtividade aumentava, afinal a palhada ajudava a preservar a umidade do solo. Além disso, foi descobrindo que o uso de produtos mais modernos, como biológicos e fertilizantes especiais poderiam multiplicar os resultados no campo e a partir daí, a produção não parou de crescer.

"Precisa ter vida no solo"

Atualmente, o produtor, a esposa e os dois filhos administram 1500 hectares em Paracatu. A região é conhecida por ter um regime de chuvas muito restrito, por isso a prática do plantio direto e o cuidado com a rotação de culturas são ainda mais importantes. A principal cultura é a soja.
“Mas a safrinha de milho nós plantamos em apenas 20% da área de soja, no restante optamos pelo milheto e por outras culturas de cobertura para ter mais matéria-orgânica", diz ele, complementando "é preciso ter vida no solo para sobreviver, é como o ser humano, precisamos trabalhar mas também ter momentos de descanso, para produzir melhor", afirmou Pinton.

Pensando desta maneira, o agricultor vem avançando em produtividade. Há 10 anos comemorava quando a média chegava a 60 sacas/hectare na soja e, atualmente, já colhe mais de 80 sc/ha, com facilidade. Um dos cuidados que teve foi com a nutrição, utilizando produtos da Satis que aumentam a saúde e a produtividade das plantas como o Vitaphol Soymax, além de apostar no uso de biológicos, que também são aliados deste “solo mais vivo" que ele tanto busca. Ele garante que mesmo com maior investimento em insumos a conta vale a pena, já que o ganho de produtividade na soja compensa o milho safrinha que não foi plantado. E assim também evita a proliferação de pragas e doenças, que muitas vezes atormenta aqueles produtores que plantam safra e safrinha na sequencia em toda a propriedade, sem dar este "descanso” que o solo merece.

A energia solar e o futuro das próximas gerações

O passo mais recente e ousado de João Pinton foi investir na produção de energia solar. Ele fechou um contrato com uma grande empresa do setor e possui 400 hectares de painéis solares que produzem energia que vai direto para a subestação interligada.

"Optamos por colocar nossos ovos em três cestas diferentes, a soja, a pecuária e a energia solar, assim ficamos protegidos das oscilações de mercado que possam vir a ocorrer”, explicou. Além disso, o produtor diz que se preocupa em garantir o futuro dos filhos e netos não apenas do ponto de vista econômico mas também ambiental, garantindo que os recursos naturais que suas terras hoje oferecem sejam preservados.
Ele já está inscrito no Cadastro Ambiental Rural e cumpre todas as normas para preservar a reserva legal e as chamadas APPs (Áreas de Preservação Permanente).

E a contribuição com o menor impacto ambiental vai além dos limites de sua propriedade. Pinton revela que em breve vai colocar mais 150 ha de painéis solares e que, juntamente com a propriedade do seu irmão, poderão chegar a 800 ha destinados à energia solar.

"Quando isso acontecer vamos produzir 380 megawatts/hora, é mais do que produz a usina hidrelétrica de Três Marias que, quando foi instalada, causou diversos danos ambientais", afirma.

Pinton lembra que os hectares destinados aos painéis solares representam uma safra que não oferece risco, nem dano ambiental. E afirma que do ponto de vista econômico também vale muito a pena, já que a receita anual fica muito próxima do que ele teria caso plantasse soja nesta mesma área – o que no caso ainda teria muito mais risco.

"Queremos o melhor para nossos filhos e netos, o que recebemos com a energia solar nós destinamos a novos investimentos e, desta forma, estamos garantindo o nosso futuro", diz ele, com orgulho.