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Pitaya: confira algumas dicas de manejo para a cultura

A pitaya ou pitaia, também conhecida como "fruto do dragão", vem ganhando espaço cada vez maior entre produtores e consumidores. A demanda crescente estimula os agricultores, que passam a ampliar a produção. Mas como qualquer outra planta, a pitaya necessita de muitos cuidados para seguir trazendo bons resultados, especialmente no inverno. Confira algumas dicas sobre a produção da fruta.

Características da cultura

É fato que a pitaya tem ampla aptidão, em diferentes climas e regiões. No Brasil está sendo cultivada desde o Rio Grande do Sul até o Pará, no norte do país. Mas para iniciar um cultivo como esse é necessário, como sempre, planejamento. Fazer uma boa análise do solo, definir onde será feito o cultivo e quais variedades são mais indicadas.

Quem se aventurou neste universo não se arrepende. Alfredo Moreira Costa, dono de uma casa lotérica na região de Carmo do Paranaíba, em Minas Gerais, começou plantando numa chácara 10 pés de pitaya em 2019, por curiosidade. Logo se apaixonou pela atividade e pela fruta, que é "bonita demais”, como diz. Hoje cultiva 10 mil pés de pitaya e planeja em breve aumentar a produção para 17 mil pés. Além do consumo in natura, a demanda pela fruta vem aumentando também para ser usada como ingrediente de cosméticos e de produtos alimentícios e bebidas, como sorvetes e energéticos.

O produtor explica que o pé de pitaya começa a produzir no prazo de 2 a 3 anos, dependendo do tipo de muda usada, neste caso com a chamada “muda infantil”. Se a muda for adulta, já mais desenvolvida, a produção ocorre em 1 ano e meio, aproximadamente. Não há uma época específica para começar a produzir.

Outra característica da pitaya é que a colheita não é uniforme (não é sempre na mesma época do ano, como o café, por exemplo). Depois que nasce o botão floral, são cerca de 15 dias para virar flor e mais 35 dias para virar fruto desenvolvido. A abertura das flores ocorre em momentos diferentes, com diferenças entre frutos pequenos, médios e grandes. E depois da colheita, a planta entra em estado de dormência por alguns meses até começar nova florada. Na propriedade de Alfredo Costa, em 2021, por exemplo, a planta ficou em dormência de abril a dezembro. Mas entre janeiro e maio de 2022 agora, ele chegou a fazer seis colheitas, até que o período de dormência recomece. Costa utiliza o sistema de espaldeira, semelhante ao utilizado em cultivos de maracujá, com arames alinhados para suportar o peso das plantas.

Nutrição

A pitaya, mesmo cultivada em áreas onde tenham sido feitas as devidas correções de solo, com calcário e gesso, é uma planta que se beneficia bastante de uma complementação nutricional, que pode ser via solo ou via cladódio – nome usado para denominar os ramos das cactáceas como é o caso da pitaya.
“É uma planta que existe cuidados com o manejo nutricional porque se desenvolve muito rápido, entre 40 e 50 dias vai de flor até o fruto", explica o engenheiro agrônomo, Décio Shigihara, do time de especialistas da Satis.

Uma das estratégias recomendadas é fazer, no início da florada, a análise de cladódio que pode ser feita do mesmo jeito que se faz a análise do tecido de outras plantas. Isso vai determinar o teor nutricional da planta. A partir disso, recomenda-se a aplicação via cladódio de produtos que ofereçam micronutrientes e aminoácidos fundamentais para a produtividade e para a saúde da planta. A Satis é uma única empresa do setor que desenvolveu um produto exclusivo para a cultura da pitaya, é o Vitaphol Pitaya, que traz estes ingredientes essenciais na sua composição. Trata-se de uma excelente alternativa para o período mais frio, durante o inverno. "Temos obtido bons resultados ao usar o Vitaphol pitaya com o Vitan neste combate ao estresse da planta causado por questões climáticas, como frio intenso, calor, umidade e variações de temperatura", conta Shigihara.

No inverno também vale a pena ficar atento aos níveis de fósforo das plantas, que também pode ser equilibrados ao utilizar produtos específicos. Alguns produtores vem obtendo bons resultados ao usar, por exemplo, o Dephensor, da Satis, que fortalece as estruturas vegetativas e é uma fonte líquida de potássio e silício. Este último é um nutriente que se acumula na parede celular da planta e, por isso, ajuda no enrijecimento do vegetal, evitando tombamentos. "Uma excelente alternativa em tempos de preocupação com o efeito das geadas, por exemplo', acrescentou o engenheiro agrônomo.