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Incorporação de genes de resistência torna as hortaliças mais resistentes

A maneira mais eficaz de tornar uma planta resistente a uma determinada doença é através da incorporação de genes de resistência, a qual é feita por meio de métodos de melhoramento genético. A utilização de híbridos com genes de resistência é também a alternativa que apresenta menor impacto ambiental. Pelo fato de as hortaliças serem espécies de ciclo curto e de cultivo intensivo, todas são acometidas por inúmeras doenças.

Confira algumas:

- Tombamento: conhecida por “damping-off”, ocasiona necrose na base do caule da planta, acompanhada de redução do diâmetro da parte afetada e tombamento da plântula. Os agentes causais mais importantes são Rhizoctonia solani e Pythium spp;

- Podridões: ocorrem em vários órgãos das plantas, desde a raiz até flores e frutos. Os sintomas caracterizam-se pela degradação das células vegetais, resultando em áreas afetadas de aspecto seco ou encharcado. Tanto fungos quanto bactérias podem ocasionar podridões;

- Murchas: os principais sintomas são murcha das folhas e o escurecimento dos vasos. Entre os principais patógenos causadores destacam-se: Fusarium oxysporum, Verticillium dahliae e Verticillium alboatrum e a bactéria Ralstonia solanacearum;

- Antracnoses: os sintomas variam conforme a parte afetada. Por exemplo, no caule os sintomas são lesões pequenas que se alargam e alongam e, quando em grande número, coalescem. Espécies de Colletotrichum são as mais frequentemente associadas à Antracnose;

- Manchas foliares: vários fungos estão associados a manchas foliares, sendo que os gêneros mais comuns são: Cercospora, Septoria, Stemphylium e Mycosphaerella;

- Míldios: os sintomas são mais comumente verificados nas folhas das olerícolas, caracterizados por manchas de coloração verde clara e amareladas. Nessas áreas, na face inferior da folha, sob condições de alta umidade relativa, é possível observar estruturas dos patógenos;

- Oídios: a diagnose da doença é facilitada pela abundante formação de crescimento branco e pulverulento na superfície adaxial das folhas;

- Ferrugens: os sintomas caracterizam-se pela formação de pústulas de coloração e aspecto ferruginoso;

- Podridões: devido as hortaliças demandarem muita água, são afetadas por inúmeras podridões ocasionadas por bactérias, tal como Pectobacteriumspp., causando perda total do produto afetado;

- Manchasfoliarese queimas: são doenças causadas principalmente por bactérias do gênero Pseudomonas e patovares de Xanthomonas campestres;

- Murchas: a principal doença é causada por Ralstonia solanacearum, sendo comum em hortaliças da família Solanaceae, como: batata, tomate e berinjela;

- Doenças causadas por nematoides: destacam-se as espécies de Meloidogyne, que causam galhas radiculares;

- Doençascausadasporvírus: ao contrário dos fungos e nematoides, os vírus não penetram diretamente nos tecidos das plantas, são inoculados em plantas sadias comumente por meio de artrópodes vetores, enxertia e/ou por transmissão mecânica;

A planta, sob condições de estresse induzido pela doença, reage com mecanismos de proteção, que levam ao crescimento abaixo do ideal, refletindo em mudanças em variáveis como: conteúdo de clorofila ou temperatura superficial e índice de área foliar, o que resulta em uma resposta espectral distinta da vegetação saudável. Por isso, através do sensoriamento remoto é possível obter informações de objetos físicos e do meio ambiente, por meio do registro, medição e interpretação de imagens e representações digitais de padrões de energia.

Uma das formas é utilizando sensores, sejam eles visíveis, multiespectrais, térmicos ou hiperespectrais. As doenças parasitárias têm como fatores causais micro ou macroorganismos parasitas, como fungos, bactérias, vírus, micoplasma, algas e animais parasitas, que modificam processos fisiológicos nas plantas. No entanto, apesar do avanço dessas ferramentas no Brasil, ainda são mais utilizadas em grandes culturas, tais como soja e milho, havendo necessidade de expansão do uso para olerícolas.

*Referência de apoio utilizada: FONTES, P. C. R. Olericultura: teoria e prática. Viçosa: Universidade Federal de Viçosa, 2005.