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IA contribui para controle do Bicho Mineiro no café

Trabalho desenvolvido pelo professor da Uniaraxá e engenheiro agrônomo Jorge Otávio Junek mostrou que o uso da Inteligência Artificial (IA) alimentada com dados de qualidade pode ser um instrumento valioso no acompanhamento do comportamento das lavouras. Na cultura do café, por exemplo, a IA pode integrar diferentes dados e entregar respostas específicas e não mais genéricas. “A IA bem estruturada é como uma grande lupa de aumento sobre dados particulares, e com boas perguntas pode responder e indicar caminhos e soluções mais rápidas e assertivas no agro e nas lavouras de café”, destaca.

Foi por meio da organização de dados que Junek desenvolveu um trabalho de observação, entre janeiro de 2021 a fevereiro 2024, que culminou em reduções de pressão em quantidade e números de lagartas. O acompanhamento incluiu a identificação das ocorrências de Bicho Mineiro em todas as fases de uma determinada lavoura de café, cruzando com resultados obtidos com produtos específicos.

A partir da identificação dos problemas do Bicho Mineiro em todas as fases e talhões, foi possível definir as quantidades de aplicação e a etapa em que deveria ocorrer. Tudo com base em dados e organização com reflexos difusos em operações, produtos e decisões. Junek destaca que a organização de dados com estrutura é a base para tomadas de iniciativas técnicas capazes de alavancar decisões e resultados de controle.

“É a incrível capacidade humana que alimentada pelo conhecimento nos levaram a tais resultados”, destaca o engenheiro agrônomo. “Não é o uso da tecnologia, mas como ela está associada ao processo”, observa. Junek considera, porém, que apenas transferir para a IA a solução será repetir as dificuldades encontradas na esperança de um produto milagroso.