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Chuvas recentes aliviam déficit hídrico dos cafeeiros

As chuvas nas últimas duas semanas registradas no Sul de Minas, Mogiana e Cerrado Mineiro, em uma média de 40 milímetros, ajudam as plantas a resistir melhor ao período de seca do inverno e obter o maior pegamento da florada, explica o engenheiro agrônomo César Pirajá Figueiredo que acompanha essas regiões. Se não fosse isso, muitos pés de café não iam aguentar até as próximas chuvas, diz ele.
Entretanto, os danos já ocorridos com a seca são irreversíveis, já que o cafeeiro deixou de crescer e houve problema de pegamento da florada. “A lavoura fica debilitada, desfolha, murcha, perde vigor e segura menos a florada”, ele afirma. As estimativas de perdas feitas pelos produtores, que ficam em torno de 20% a 40% na produtividade da safra que começou a ser colhida em maio, estão mantidas. Com o pouco acúmulo de água no solo, a situação também prejudica a próxima safra a ser colhida no ano que vem, que será menor, já que haverá pouco crescimento dos ramos.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no fim de maio divulgou o segundo levantamento da safra 2021, apontando para uma produção de 49 milhões de sacas, uma queda de 22,6% em relação ao período anterior.
Apesar do alívio das chuvas, elas também causaram alguns problemas neste momento de colheita, pois elas derrubaram muito café dos pés. Os grãos ainda podem ser usados, mas em algumas regiões de montanha, por exemplo, os cafés derrubados ao chão apresentam qualidade inferior, Figueiredo explica.