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Análise de solo: confira 6 dicas essenciais para ter bons resultados

Está chegando a hora de uma nova safra, 2023/2024. E se tem uma coisa que todo produtor sabe, ou deveria saber, é que uma boa safra depende, e muito, de um bom manejo do solo. Por isso, antes de colocar a semente na terra, é preciso fazer uma análise da qualidade da terra que será plantada, se existem nutrientes em excesso ou em falta e ter tempo hábil para corrigir o que for preciso.
“Estamos falando sobre conhecer e recomendar a quantidade de calcário, gesso, fósforo, potássio e teores de matéria orgânica presentes no solo. A recomendação é que a análise seja feita com pelo menos 3 meses de antecedência ao plantio, pois alguns nutrientes e corretivos, se estiverem em falta, precisam desse tempo para agir depois de aplicados. É o caso do calcário, por exemplo”, explica o engenheiro agrônomo e suporte técnico da Satis, Décio Shigihara.
Pensando nisso, preparamos uma lista com as principais dicas para você realizar uma boa análise de solo na sua propriedade e garantir uma melhor produtividade da sua safra:

1 – Faça análise do solo uma vez por ano
Fazer a análise do solo periodicamente, todos os anos antes do plantio garante que você não tenha surpresas negativas. A falta de nutrientes, ou o excesso deles, atrapalha o crescimento das plantas e prejudica a produtividade. É preciso garantir o equilíbrio adequado dos nutrientes.

2 – Faça um plano de amostragem da área a ser plantada
O plano de amostragem consiste em dividir a propriedade em talhões de solo uniformes quanto à posição no relevo, na cor, na textura, na vegetação anterior e no manejo. As áreas escolhidas deverão ser selecionadas em zigue-zague dentro de cada talhão.
De cada gleba de solo uniforme, deve ser retirada uma amostra composta. A Embrapa recomenda que a área de cada gleba não deve ser maior que 20 hectares.

3 – Colete amostras simples e compostas
Com a área dividida corretamente e limpa, colete de 10 a 20 amostras de cada área, em ao menos duas profundidades: 0 a 20 cm e 20 a 40 cm. Cada amostra simples deve ser colocada dentro de um balde identificando os dados da área coletada.
As amostras compostas são a mistura de várias amostras simples de uma mesma área. São elas que são enviadas para análise em laboratório em porções de 500 gramas cada após terem sido deixadas à sombra e condicionadas em sacos plásticos limpos.

4 – Faça a análise biológica do solo
Além de conhecer a qualidade química e física do solo, mapear a composição biológica ajuda a proteger as plantas de possíveis doenças e com isso antecipar problemas que estão invisíveis no momento do plantio.
Os produtos biológicos contemplam desde enzimas, microrganismos, feromônios, extratos de plantas ou de microrganismos até ativos voltados para nutrição das plantas e substitutivos de antibióticos. São fungos e bactérias que auxiliam na aceleração dos processos de biodegradação dos resíduos orgânicos, melhorando a estrutura e o perfil do solo, contribuindo para liberação de nutrientes para as plantas e auxiliando na exclusão de microrganismos indesejáveis.

5 – Envie as amostras para o laboratório
Envie o material para um laboratório confiável. Verifique as credenciais e certificações recebidas de instituições públicas e privadas ou peça uma indicação a um profissional para ter uma recomendação adequada.

6 – Interprete os resultados da análise com ajuda de um profissional
A interpretação dos resultados da análise de solo depende das plantas cultivadas no local e do tipo de manejo. Para entender os resultados químicos, existem tabelas que indicam a quantidade de nutrientes necessários para cada espécie. O mais recomendável é ter um profissional com experiência agronômica capacitado para realizar essa interpretação e orientar a melhor estratégia de correção do solo.