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Pitaya: fruto promissor para a economia e a saúde

Nos últimos anos, o cultivo da pitaya no Brasil tem se destacado como uma promissora alternativa econômica e funcional, ganhando espaço tanto entre pequenos produtores quanto entre grandes investidores.

terça-feira dia 17 de junho de 2025

Nos últimos anos, o cultivo da pitaya no Brasil tem se destacado como uma promissora alternativa econômica e funcional, ganhando espaço tanto entre pequenos produtores quanto entre grandes investidores. Atualmente, são quase 8 mil hectares plantados com a fruta. Essa expansão tem sido bastante impulsionada pelo trabalho da Associação dos Produtores de Pitayas do Brasil (Appibras), presidida pelo engenheiro agrônomo Dejalmo Nolasco Prestes, conhecido como Professor Pitaya, que tem atuado de forma ativa na divulgação da fruta e no incentivo à pesquisa científica, por meio de parcerias com universidades e instituições.

 

A pitaya, conhecida também como "fruta do bem" e “fruta do dragão”, por ser muito conhecida na China, começou a aparecer nos supermercados depois do ano 2000 e tem chamado a atenção dos consumidores por suas propriedades nutricionais e funcionais. O Professor Pitaya destaca que ela é rica em antioxidantes e contribui para a proteção celular, com potencial efeito anticancerígeno. Além disso, possui elevado teor de ômegas, importantes na prevenção de doenças cardiovasculares, e uma alta concentração de fibras. Por isso, seu consumo regular favorece o funcionamento do sistema gastrointestinal e também ajuda no controle da glicemia, sendo uma excelente aliada para pessoas com diabetes.

 

Ele informa que o cultivo da pitaya tem se mostrado viável em diferentes regiões do país, com destaque para a região Norte, onde, devido ao clima quente e à alta luminosidade, a produção pode ocorrer durante cerca de nove meses no ano. No Centro-Oeste, as condições climáticas permitem de seis a sete floradas consecutivas, garantindo quase uma produção anual. Já no Sul, mesmo com temperaturas mais baixas e menor luminosidade, a pitaya se desenvolve bem por cerca de seis meses, oferecendo frutos de excelente sabor e qualidade.

 

Preocupação com fungo

Alimento funcional e saudável, a pitaya pode ser consumida in natura e tem diversos outros usos pela indústria alimentícia. Essas características têm chamado a atenção do mercado externo, mas a expansão do cultivo ainda enfrenta alguns obstáculos. Como é uma suculenta, atrai insetos e doenças e isso tem sido uma limitação para o seu crescimento. “Ainda não existe registro de defensivos químicos para controle de pragas e doenças da pitaya”, afirma o presidente da Apibras. Ele acrescenta que há produtos para as caldas à base de  cobre, enxofre e cálcio, além de uma vasta linha de biológicos que podem ser usados sem registros no MAPA. 

 

Uma das principais preocupações dos produtores é com o fungo Neoscytalidium dimidiatum que provoca o cancro fúngico na pitaya. Diante desse cenário, a entidade tem solicitado ao Ministério da Agricultura e Pecuária a indicação de produtos que podem ser usados nesses plantios e recomenda aos produtores que fiquem atentos para fazer o manejo adequado a cada caso.

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